(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.9.11

Um projecto de sonho…

   “Por que raios acordamos um dia e percebemos que os nossos sonhos se foram?  Ou concretizaram-se, deixando de ser sonhos e passando a fazer parte da banal realidade;  ou pura e simplesmente deixam de fazer sentido…. O certo é que, no dia em que entendemos que já não temos sonhos, nos sentimos infinitamente vazios e nos apressamos a criar novos e mais fantásticos sonhos.”    (Ana Dias às duas da tarde…. )
   (…)E acho até, que às vezes confundimos projectos com sonhos… Não será que os sonhos estão nas mãos do acaso e os projectos nas nossas??   Achamos que o projecto de acabar um curso, ter uma carreira sólida, um nome no mercado, são sonhos cumpridos…  Pensamos que a casa “de sonho”, o bom carro,  os livros editados ou o reconhecimento dos pares, são a prova provada de que conquistámos os sonhos… Pois bem, de opiniões somos livres, por isso ninguém me critique por achar que tudo o que referi são apenas reflexos de boa capacidade de trabalho, arte, engenho, suor, dedicação, etc, etc, etc… (…)  (Ana Dias às cinco da tarde…. )
“ Óh c’um caneco!!! Não me querem lá ver que andamos mesmo a confundir sonhos com projectos?? Será que o sonho é o que está para lá da nossa vontade e os projectos é que dependem de nós?  Deve ser!!! É por isso que, de cada vez que concretizo com sucesso mais um projecto, lá fico toda satisfeita e tal, mas sinto-me normal, não vibro, não entro em convulsões de estasiada euforia… É como se soubesse de antemão que tudo me ia sair bem e, ao acontecer, é apenas mais uma banalidade entre tantas: - “ Pfff acabei o curso.” ; “ Pfff editei mais um livro” ; “ Pffff o negócio está a correr mesmo bem”. E vou andando de “pfff”em “pffff” meio entediada por tudo seguir tão bem…. ( Ana Dias às cinco e quarenta)
 Neste momento olho para os resumos ( o primeiro parágrafo parece-me, agora, profundamente errado: há que substituir “sonhos” por “projectos”, ok?)  do que fui pensando sobre esta confusão toda e organizo-me cá dentro com algumas conclusões ( nem por isso muito conclusivas, desculpem lá…):
1-) o que muda são os pojectos, porque os sonhos acho que, mais ou menos,  se mantêm…
2-) A concretização de sonhos depende de nós ou isso faz deles um projecto???
3-) Exemplo de sonhos recorrentes: ter filhos saudáveis e felizes  ( este se calhar cabe melhor no imaginário feminino…);   ter um relacionamento perfeito  ( acho que isto há-de continuar a ser só sonho até aos confins dos tempos!) ;   ganhar o euromilhões ( para alguns acontece); ter duas ou mais mulheres e darem-se todas bem ( no imaginário de muitos homens, certamente, por mais que não o confessem….)
4- ) Exemplo de um sonho dos Homens que se estão a começar a sentir estranhamente diferentes ao longo dos últimos tempos:  alcançar uma felicidade consistente, sustentada e muito bem fundamentada em rituais e vivências de auto descoberta e profunda realização pessoal; alcançar um bem estar que depende apenas da atitude que se tem na vida perante a vida….
5-)    Vou continuar a lutar pelos meus projectos e, definitavamente, pelos meus sonhos também ( por fim descubro que há sonhos cuja concretização passa mesmo pela nossa mão)
6- ) Quando “achar” que estou com poucos sonhos, vou arranjar mais alguns ( com os projectos não é preciso, que desses estou  bem  aviada…)
7 - ) E quanto a vocês, meus caros…. Se leram isto até ao fim e acham que faz algum sentido… bem, tirem quanto a isso as conclusões que quiserem…  ( Eu às vinte para as dez…)
Ana Dias

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