Divinos genes
O meu Deus adora rir às gargalhadas, gosta de Sol, mar e conversas profundas. O meu Deus adora arte e é fã incondicional do Ser Humano. O meu Deus não julga, não castra, não vinga. Ele entende, aceita e perdoa; limita-se a observar e esperar, não pelo dia do juízo final mas pela era em que tenhamos finalmente juízo.
O meu Deus não lança pragas colossais nem condena ninguém ao inferno; o meu Deus não é terrível nem temível, e sim tão tangível que quase se torna incredível.
O meu Deus está-se nas tintas para ser o único. Porque sabe que em cada Homem existe uma célula do seu todo; sabe que enquanto os Homens se injustiçarem e matarem em "seu nome", é como se Ele tivesse um cancro que precisa de ser curado para que sobrevivamos todos.
O meu Deus não se importa com o tamanho da minha fé, mas com o tamanho da minha humanidade e amor ao próximo.
O meu Deus não faz da sua existência a minha desresponsabilização, pelo contrário: sou tão mais responsável pelo meu melhoramento constante e pelo seguro futuro do mundo, quanto mais entendo que sou, como tu, portadora do gene divino.
Ana Amorim Dias
17/9/2914
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