A vida está cheia de “ses”. A vida de toda a gente. “Se eu tivesse dito aquilo naquele dia” ou “se eu me tivesse calado naquele momento”. “ Se eu tivesse agido assim” ou “se eu nada tivesse feito”. “ Se eu tivesse concordado”; “ se eu me tivesse conformado”; “se eu soubesse o que hoje sei…”
Os “ses” acontecem a toda a hora, uns maiores outros mais insignificantes. Aparecem a cada passo, em cada cruzamento do percuso da vida. E a realidade é simples: não sabemos fazer melhor. Tudo se resume a cálculos de probabilidades, assunção de obrigações e respeito de vontades que nem sempre não as nossas. Não sabemos fazer melhor porque por mais que tentemos prever onde é que aquela escolha nos vai levar, nunca o conseguimos fazer em absoluto e não chegamos a perceber bem onde é que o outro caminho nos poderia ter levado.
Não gosto dos “ses” mas, por mais que nos desagrade, a vida é um “se” gigantesco que depende das nossas escolhas e da mais aleatória sorte. Se ao menos eu conseguisse deixar de pensar nisso…
Ana Amorim Dias
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