Quando conhecemos alguém há décadas, é normal conhecermos também todas as suas estórias memoráveis e episódios releventes, sabendo de cada pormenor e detalhe. Quando as amizades, laços familiares e relacionamentos são duradores e presentes, não só conhecemos quase todos os pedacinhos da vida do outro, como somos protagonistas constantes das histórias que têm para contar.
Mas mais: quando conhecemos alguém há tempo suficiente, há muitas coisas que não precisam ser ditas; há olhares cúmplices; entendimentos imediatos; humores inatingíveis pelos demais. Desenvolve-se um tipo de comunicação subliminar e extra-sensorial que só se atinge com um conhecimento profundo , alimentado pela energia eternamente renovável da ligação que têm certas almas.
Há as pessoas que “nada nos dizem” e passam sem marca; há as pessoas que nos tocam muito mas que, por alguma razão, não temos capacidade para manter sempre perto; e depois há as outras… as Pessoas da Nossa Vida. E são estas que, aconteça o que acontecer, estão sempre à distância do mais simples sorriso.
Ana Amorim Dias
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