O tempo é uma realidade pessoal! É uma dimensão mágica e indomável, entendida por cada indivíduo com uma perceção muito própria. E, mesmo para cada pessoa, o tempo passa a ritmos diferentes consoante o que está a ser vivido: se um dia bem passado corre veloz e se esvai em pouco tempo, um dia menos bom pode parecer demorar uma semana a passar.
Portanto, se o tempo é uma realidade pessoal e flutuante, talvez nos seja permitido encará-lo como uma dimensão distorcida que podemos aprender a “domesticar”! Porque não?
Acho que todos concordam se eu disser que ele passa muito devagar quando estamos aborrecidos e corre veloz se o que estamos a viver é bom… Só há aqui um ligeiro problema! É que não sei se concordo muito com esta última frase! E baseio-me em experiências, várias vezes testadas que mais uma vez comprovei num fim de semana maravilhoso que parece ter durado oito dias! Sim, para mim a sexta feira passada já foi há mais de oito dias! Tudo o que nas últimas 48 horas vivi parece ter-se estendido de uma forma mágica, neste espaço temporal que esticou e esticou e esticou, até nele caber tudo o que me foi dado a viver.
Será então que conseguimos esticar os dias emocionantes e os momentos inesquecíveis? Será que podemos fazer caber, numa hora, a beleza de um mês inteiro? Sim! Basta não beber sôfregamente as emoções nem lamentar a aproximação do seu final. Se passarmos pelos dias maravilhosos com a perceção de que a nossa vida é sempre assim, eles exponenciam-se mesmo numa dimensão mágica que dura muito, mas muito, mais!
Ana Amorim Dias
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