Portugal e Espanha vão estar em “guerra” mais logo. Dois países fantásticos, com paisagens, culturas, gentes e gastronomias fantásticas, vão entrar numa disputa (espero) meramente desportiva.
Hoje é Manel contra Paco. De um lado o cozido, do outro a paelha. Nuns remates vai-se ouvir fado e dos outros sai flamenco.
Não sei se esta tarde os jogadores “nuestros hermanos” dormem ou não a “siesta”, nem sequer se os nossos meninos andarão a fazer promessas secretas à Nossa Senhora de Fátima. Tudo o que sei é que somos irmãos. Irmãos chegados, daqueles que volta e meia fazem birras, mas gostam de andar encostadinhos um ao outro e se admiram e respeitam.
Por isso o jogo vai ser bom! Não tem como não ser. Ganhe quem ganhar, desde que a maturidade nobre do cavalheirismo desportivo impere, ganham as duas equipas e as duas nações. Desde que os conquistadores, guerreiros da relva, saibam dar o seu melhor para fazer brilhar as cores das suas bandeiras, esta noite devemos ter uma Península Ibérica de fina casta, capaz de mostrar ao Mundo a beleza de um jogo entre irmãos!
Apesar da grande quantidade de sangue andaluz que me corre nas veias, torço pelo Manel, pelo cozido e pelo fado; mas não posso negar que vou ficar feliz, acima de tudo, se ambas as equipas e ambas as Nações souberem dar ao Mundo o exemplo de espírito aguerrido e respeitador. E que ganhem (mesmo) os melhores.
Ana Amorim Dias
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