O ciúme é um enorme buraco que surge na veste do amor. Ciúme é estupidez, atraso, ignorância emocional e ausência de amor-próprio.
Não me venham cá com a estória que só há mesmo amor se também houver ciúme. Tretas! Isso é mentira! Amor só é amor, mas AMOR de verdade, sem a asquerosa nódoa desse sorrateiro e ignóbil assassino de relações. Amor só é amor, mas AMOR de verdade, quando sabemos dizer: “ O teu coração está a sentir algo por outro alguém? Então vai e sê feliz porque é assim que eu te amo. E, caso um dia te lembres que é comigo que sonhas, talvez eu ainda cá esteja… ou então talvez não.”
Com ciúme não há amor. Há uma aberração emocional condenada ao insucesso.
Como pode alguém ser ignorante ao ponto de pensar que o coração alheio obedece à sua vontade quando nem o próprio coração o faz? Eles têm vida própria. Os corações nunca se compadecem com proibições externas nem obedecem a carrascos de atitudes possessivas.
O ciúme é o primeiro passo para a perda e sofrimento; é a génese da destruição dos sentimentos amorosos.
Como podem os ciumentos não perceber algo tão simples? Como podem os inseguros possessivos não entender que todo o tempo que gastam a controlar, devia ser usado a com manifestações de carinho, sedução e atenção? Quantas relações não se salvariam assim?
O ciúme é mesmo o Anticristo da divindade amorosa; é a força animalesca que enfraquece quem a sente. Mas acredito que já haja quem sabe amar. Aliás, sei que existe quem sabe amar. De verdade. Sem ciúme.
Ana Amorim Dias
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