Às vezes pergunto-me o que é melhor: viver na neutralidade, sem as partes menos boas dos sentimentos poderosos, ou existir numa assunção assumida de sensibilidades e emoções?
A neutralidade é de uma simpatia enorme porque nos mantém tranquilos e apartados de todo o tipo de dor mas, por outro lado, acaba por ter aquele mesmo efeito sob o qual ficam aquelas pessoas que se rendem a prozacs, Xanaxs e outros “neutralaxs” dos sentires.
Caramba! Se somos humanos é para nos emocionarmos, certo? Isto de viver é mais ou menos como parir: dói como o raio, mas é maravilhoso! Há quem tenha a coragem de não usar anestésicos e compreenda os verdadeiros milagres da vida, e há quem se afogue em supressores de dor para não ter que lidar com ela, não vivenciando assim a magia de uma compreensão superior.
Neutralidade ou emoções? Em que é que ficamos? Mesmo correndo o risco de me meter onde não devo, atrevo-me a sugerir o uso de toda a nossa sensibilidade e emoção… mas com o máximo de bom senso.
Ana Amorim Dias
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