Don't forget to smile
Trouxe-lhe a pulseira cor de laranja de uma viagem qualquer. Ai de mim, regressar das viagens sem prendinhas para os putos, mas trago-as sempre pequenas devido ao tamanho da minimalista mala. E com significado, gosto de coisas com significado, sobretudo se são para demonstrar afetos.
Encontrei a tal pulseira, chorosa e perdida, no quarto do Tom. Rapinei-a sem que lhe sentisse a falta e ando a usá-la para não me esquecer de sorrir. Há alturas em que o sorriso se nos cola ao corpo todo com o mesmo brilho solar que sentimos por dentro e há outras ocasiões em que o choro sentido nos acorda, a meio da noite, de um sono pesado e profundo. Nestas alturas mais tristes, de dolorosas perdas, não merece a pena cerrar os dentes com força e negar a dor, mas podemos sempre resgatar oferendas feitas, repletas de significado, e usá-las como talismãs mágicos que nos lembrem de sorrir sempre, mesmo que as lágrimas corram. Porque no fim, quando a dor se vai, só nos fica o sorriso confiante. Por tudo o que vivemos, sentimos e aprendemos.
Ana Amorim Dias
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