(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

27.3.12

350 graus


    Há uns dias  vi uma playmate portuguesa a dar uma entrevista. A miúda realmente era bem gira… e cómica!   Entre outras coisas muito interessantes, disse que desde que se tornou playmate a sua vida deu uma volta de 350 graus.
  Além de outras reações que a convicta afirmação causou em mim, fiquei a pensar que para certas pessoas a matemática não deve fazer mesmo falta nenhuma. Para que precisa uma playmate de saber sobre graus, ângulos, raios ou circunferências?  A menos que seja para desenvolver melhores performances, na cama ou no varão, talvez tal conhecimento não lhe sirva mesmo para mais nada. Nem sequer para dar sentido às pomposas constatações.
   Ora vejamos: se a vida da menina deu uma volta ( ou será mais, cambalhota?) de 350 graus, isso quer dizer que ficou praticamente no mesmo sítio, certo?    Alguém pode explicar à menina, por favor,  que quando a vida se nos vira de pernas para o ar ( ela disso deve perceber bastante ) é porque deu uma volta de 180º  e não de TREZENTOS E SESSENTA???
   Fico a pensar que,  se a matéria dos ângulos começasse a ser dada com base nas figuras do Kamasutra, as afirmações de vida com fundamentos matemáticos seriam bem mais acertadas!
Ana Dias
  

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