Quando uma pessoa é bastante inocente e ingénua, é frequente ser apelidado de “patinho”. Por outro lado, aos espertalhões, é costume colar-lhes o cognome de “macacos”.
E hoje ocorreu-me a questão: o que será melhor? Ser-se “patinho” ou “macaco”? Acredito que os “patinhos” sejam tendencialmente sempre “patinhos” , o mesmo se podendo dizer dos “macacos”. Mas afinal quem é que se sai melhor? Os “macacos” que, com a sua esperteza, conseguem os seus intentos, ou os “patinhos”, que vão navegando nos perigosos lagos da vida sem muitas vezes se aperceberem, sequer, que o perigo se encontra à espreita?
Será que ao longo da vida os “patinhos” vão perdendo a inocência e se tornam “macacos”? E quantos são os patinhos com que nos cruzamos que nada mais são que macacos disfarçados?
Eu gostaria de poder dizer, como nos finais felizes das comédias românticas americanas, que a inocência de se ser “patinho” acaba por compensar sempre…. mas acho que já tenho idade para perceber que o melhor mesmo é preservar a essência de “patinho”, mas aprender a agir à “macaco”…
Ana Dias
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